Alforge

Renato Teixeira de Oliveira

Quem inventou essa tristeza em que me roço?
Essa solidão soberba onde me escracho?
Esse salão de sinuca onde me gasto?
Feito um capacho velho de pensão

Eu sou um homem calmo sertanejo
Escapo pela vida como posso
Mas me fizeram agir feito escravo
Que executa sonhos de outros homens

Trago no alforge as palavras
As palavras que não digo
Para soltá-las no dia da festa do povo
Como um revoar de pássaros

Não sei se sou fogo que me acho
Ou se sou, quem sabe, a lenha onde me queimo
Mas sei para que lado estou do tacho
E nego tudo aos donos desse engenho

E mais não digo agora, pois não passo
Apenas de um cantor itinerante
Que puxa pela estrada poeirenta
Seus sonhos amarrados num barbante

Trago no alforge as palavras
As palavras que não digo
Para soltá-las no dia da festa do povo
Como um revoar de pássaros

Trago no alforge as palavras
As palavras que não digo
Para soltá-las no dia da festa do povo
Como um revoar de pássaros

Como um revoar de pássaros
Num qualquer desses domingos

Curiosités sur la chanson Alforge de Renato Teixeira

Quand la chanson “Alforge” a-t-elle été lancée par Renato Teixeira?
La chanson Alforge a été lancée en 1978, sur l’album “Romaria”.
Qui a composé la chanson “Alforge” de Renato Teixeira?
La chanson “Alforge” de Renato Teixeira a été composée par Renato Teixeira de Oliveira.

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