Nefelibata

Thiago Melo

Pago pra comer pato com manjar.
Pra arrotar pacu no dendê.
Pra comer peru no jantar.
Pra sonhar...

Vendo aqui do alto
(pato com manjar)
tanta vida no asfalto
(pacu no dendê)
é possível dizer que de sede de fome
o homem não morre.

Vem tomando de assalto
(pato com manjar)
a mensagem do arauto
(pacu no dendê)
não transcende aa utopia
de noite, e dia,
a miséria é um Marco

MacieL, não visse essa história triste daqui do
avião?
Maciel caísse de cara no chão?

Pago pra sonhar, pular matinê.
Pra acordar e tá fú na DP.
Pra comer o isquindô de iá-iá.
Pra sonhar...

Vendo aqui de baixo,
(pular matinê)
do asfalto, o escracho
(e ta fú na DP)
é possível dizer que por falta de gozo
o homem não morre.

Vem tomando de assalto
(pular matinê)
a mensagem do arauto
(e ta fú na DP)
não transcende aa utopia
de noite, e dia,
a miséria é um Marco

MacieL, não visse essa história triste, daqui do
avião?
Maciel caísse de cara no chão?

Atenção se não pode pilotar o avião, muita atenção!
Atenção com as turbinas.

Atenção se não pode pilotar o avião,
muita atenção!
Há tensão! Não há esquinas.

Pato com manjar
Pacu no dendê
Peru no jantar

Pular matinê
e tá fu na DP
esquindô de iô-iô.

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