Nova Idade Média
Toda vez que a vida me parece sem saída
Eu procuro logo me lembrar
Mágicas palavras de um velho alquimista
Um dia o ouro ao pó retornara
De que vale violência, orgulho, vaidade
Tudo isso o vento varrera
Vai viver a vida no meio da tempestade
Quem não conjugar o verbo amar
Mais de mil histórias tem na cabeça
Em cima da mesa a natureza
Diz que tudo aquilo que ha no planeta
Para ele já perdeu a surpresa
Viver, sorrir, chorar viver, morrer, voltar
(Anos e anos de transmutação da matéria,
Deixaram a humanidade assim.
Na boca da noite, à beira do caos.
É preciso que mil línguas de fogo
Queimem na escuridão,
Para ele entrar de novo em sintonia
Com a felicidade de existir.)