Dança

Bruno Pederneiras / Edu Lopes

Bem vindo a atualidade, superficialidade,
Tudo se oferece e nada tem de verdade.
Nenhuma conclusão, na era da informação,
Confusão padrão, plasticidade.

Todo mundo fazendo faculdade pra celebridade,
Adicionando lenha na fogueira da vaidade
Tamanha é a quantidade de inutilidade,
Atrofia cerebral e imbecilidade.
Distorcido conceito de auto-investimento,
E não dá prioridade a própria personalidade.

Vida de tendência, pura aparência,
Tirou o documento mas não te identidade.
Consumo em larga escala, não cabe nem na mala,
E quando fala só demonstra um monte de futilidade.
Sei porque o dinheiro é seu parceiro proporciona e ele interage,
Mas nunca com profundidade...

É assim que a gente dança
É assim que entra na dança
É assim que a gente dança
É assim que entra na dança

A cada dia o tempo passa com maior velocidade
As coisas acontecem com maior intensidade
O ser humano vem fazendo o movimento contrário
Fazendo menos uso da sua capacidade

Entrega o tempo a qualquer banalidade
Um entretenimento que esconda a ansiedade
Empurrando com a barriga o que tem pra resolver
Em total cumplicidade, no todo a deformidade

Isso gera perda de naturalidade
Tudo isso compromete a nossa originalidade
Em grande atrocidade, já não tem o que expressar
A vida desse jeito, não tem qualidade!

A humanidade já tá na idade de enxergar a importância da nossa integridade
Muita tranquilidade pra olhar a realidade
E dar nova forma a nossa mentalidade

É assim que a gente dança
É assim que entra na dança
É assim que a gente dança
É assim que entra na dança

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