Ogunté
Essa obra de arte de Deus
Disse o pescador ao canal de notícias
Sobre o cardume prateado de sardinhas
Na Praia da Barra, no Rio de Janeiro
Crianças encalhadas na costa de Lesbos
Pacotes de cruzeiros pelas Ilhas Gregas
O plástico do mundo no peixe da ceia
O que será que cantam as tuas baleias?
Caixas pretas no fundo do Mar Negro
Atlântico salgado de lágrimas negras
Já não há Alepo, já não há Palmira
Que perfuram-te as entranhas atrás de óleo negro
Seguem teus cargueiros
Teus camaroeiros
Teus catamarãs
Essa obra de arte de Deus
Disse o pescador ao canal de notícias
Sobre o cardume prateado de sardinhas
Na Praia da Barra, no Rio de Janeiro
Crianças encalhadas na costa de Lesbos
Pacotes de cruzeiros pelas Ilhas Gregas
O plástico do mundo no peixe da ceia
O que será que cantam as tuas sereias?
Caixas pretas no fundo do Mar Negro
Atlântico salgado de lágrimas negras
Já não há Alepo, já não há Palmira
Que perfuram-te as entranhas atrás de óleo negro
Seguem teus cargueiros
Teus camaroeiros
Teus catamarãs
Odoiá
Ogunté