Corpos Vermelhos

Agapê, Thierry Lucas

Vivo a incerteza de voltar pra casa
Será que eu volto ou me param na bala
A minha vida pra eles não é nada
A nossa carne hoje é a mais barata

Levo nas costas um alvo e o mundo
De incertezas a cada segundo
Ou eu dou a volta por cima
Ou perco tudo num minuto

E pros preto é 8 ou 80
Tiros levados de advertência
Até quando vão fingir demência
Pra esse tipo de ocorrência

Ficaram mudo, falaram nada
Quando mandaram mais um pra vala
É um absurdo, morrer por nada
Quanto dos nossos não voltam pra casa?

Quantos dos nossos não tão presente
Perderam a vida quando eram inocente
E só quem ficou mano hoje sente
A falta que faz um filho pra gente

É triste ver a quebrada em luto
Pelo meu povo mano hoje eu luto
Pra nois poder acabar com isso tudo
Hoje meu ódio por eles é mútuo

Corpos vermelhos espalhados na cidade
Me ajudem a sair dessa prisão
A minha cor não define minha identidade
Eu só não quero ser mais um corpo no chão

E desde o cedo o medo comanda
A vida toda fiquei calado
seguindo o caminho buscando Wakanda
Pra toma o que nos foi tomado

E a nossa pele mano hoje que sangra
Com a dor dos antepassados
Hoje nois veio pra muda a trama
Não vai ter mais sangue derramado

Por todos os nossos que nos foi tirado
Por todos menores com o futuro roubado
Que cada linha, que cada verso
Vingue a morte de quem foi deixado

Pra morrer com o sangue frio no asfalto
Nos querem morto ou nos querem calado
E eu não vim pra ser mais rotulado
Vão ter que aturar vencendo um favelado

Eu nunca quis ser mais do que ninguém
Só feliz minha coroa e os amigo bem
Nem nunca fui atras das de cem
Cansei das migalhas que a vida tem

Nois nunca quis regalias ou glória
Nem anda com os kit da moda
Eu só quero minha paz de volta
Então deixa nois escrever nossa história

Corpos vermelhos espalhados na cidade
Me ajudem a sair dessa prisão
A minha cor não define minha identidade
Eu só não quero ser mais um corpo no chão

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