Flor do Cardo

Dói-me ser a flor do cardo
Não ter a mão de ninguém;
Tenho a estranha natureza
De florir com a tristeza
E com ela me dar bem

Dói-me o Tejo, dói-me a lua
Dói-me a luz dessa aguarela
Tudo o que foi criação
Se transforma em solidão
Visto da minha janela

O tempo não me diz nada
Já nada em mim se consome
Não sou princípio nem fim
Já nada chama por mim
Até me dói o meu nome

Dói-me ser a flor do cardo
Não ter a mão de ninguém
Hei-de ser cravo encarnado
Que vive em pé separado
E acaba na mão de alguém

Curiosités sur la chanson Flor do Cardo de Aldina Duarte

Quand la chanson “Flor do Cardo” a-t-elle été lancée par Aldina Duarte?
La chanson Flor do Cardo a été lancée en 2006, sur l’album “Crua”.

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