O Pierrot

Joao Linhares Barbosa

Naquele dia de entrudo, lembro bem
Um intrigante Pierrot, da cor do céu
Um ramo de violetas, pequeninas
Á linda morta atirou, como um adeus

Passa triste o funeral, é duma virgem
Mas ao povo que lhe importa, aquele enterro
Que a morte lhe passa á porta, só por ele
Em dia de carnaval, e de vertigem

Abaixo a máscara gritei, com energia
Quem és tu grossseiro que ousas, profanar
Perturbar a paz das lousas, tumulares
E o Pierrot disse não sei, que não sabia

Sei apenas que a adorei, um certo dia
Num amor todo grilhetas, assassinas
Se não vim de vestes pretas, em ruínas
Visto de negro o coração, e resoluto

Atirou sobre o caixão, como um tributo
Um ramo de violetas, pequeninas
Atirou sobre o caixão, como um tributo
Um ramo de violetas, pequeninas

Curiosités sur la chanson O Pierrot de Alfredo Marceneiro

Quand la chanson “O Pierrot” a-t-elle été lancée par Alfredo Marceneiro?
La chanson O Pierrot a été lancée en 2004, sur l’album “O Fado Do Público”.
Qui a composé la chanson “O Pierrot” de Alfredo Marceneiro?
La chanson “O Pierrot” de Alfredo Marceneiro a été composée par Joao Linhares Barbosa.

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