O Mascate
Almir Sater / Paulo Simões
Venha depressa, seja quem for
Hoje é seu dia, o mascate chegou
Venha, senhora, venha, doutor
Mas que não faltem as mocinhas em flor
Trago os vestidos de pura chita
Rendas, babados e fitas de cor
Raros perfumes vindo da França
E as belas sedas do imperador
E ainda me restam leques de Espanha
Que é o que há de melhor pro calor
E das mais finas damas e seus cavalheiros
É justo cobrar um pequeno valor
E das belas donzelas
Que estão sem dinheiro
Eu aceito beijinhos de amor