Conversando Com As Águas
Água de bonitas cores
Com seus profundos rumores
Me diga de onde vem
Nesta viagem ansiosa
Cadas curvas perigosas
Solitária e espinhosas
Mas sei que você quer bem
Aqui não conhece nada
Mas não errou a estrada
O seu caminho está certo
Mas já que você não erra
Me diga se viu na serra
Uma casinha de terra
Inspiração do deserto
Água, aquela casinha
Foi propriedade minha
Consolo da minha amada
Hoje vive na cidade
Soluçando de saudade
Mas por curiosidade
Venho perguntas as águas
Naquela casinha habita
Uma mulher tão bonita
E um corpo de mãe joanina
Muito bela de cintura
Uma morena e boa altura
E o seu olhar se mistura
Com o verde da cantina
Água, eu tenho ciúme
De você sentir o perfume
Do lado que ela é banhada
Me diga se viu ao menos
Se aqueles peixes pequenos
Olham o seios morenos
Do corpo da minha amada
Lá nos perfundo da gruta
O seu olhar se disputa
Com o perfume da flor
Não esqueço um só momento
Além de eu ser ciumento
Faço guerra contra o vento
Pra não roubar meu amor
Água, você todo dia
Beija e acaricia
As curvas do corpo dela
Proibir não me adianta
Sei quando ela se levanta
Aquela cascata canta
Para apaixonar à ela
A água do oceano
Com servia de piano
E não para pra descansar
Água, você é correio
Que não respeitou a lei
Abraça o que tem no meio
Leva de presente ao mar
Água, você se esconde
Por que você não responde
Essas perguntas que fiz?
Ficou foi mais orgulhosa
Água forte e ambiciosa
Só tu que és poderosa
E eu quem sou infeliz
Água forte e ambiciosa
Só tu que és poderosa
E eu quem sou infeliz