Samba! Samba!
Mesmo junto ao céu, no morro lá em cima
Sai dum violão o samba, que nasceu
Vai pelo Brasil, que começa a cantar
Os sonhos mil que tem no seu sonhar
O coração, numa canção nos deu
Samba que ao surgir, no som, na tua rima
Faz gingar quadris, vibrar o tamborim
Samba, a introduzir a voz do sabiá
Com seu sentir, que tanto enleio dá
Quando nos diz, no seu cantar, assim
Samba, samba do meu Brasil
Quando soas, um feitiço pões no ar
Há em ti um qualquer ardil
Com poder de nos enredar
Samba, samba, ao teu calor
A mulata tira ao negro o coração
Toma o seu amor, dá-lhe amor ou dá-lhe dor
Ao som dum samba-canção