O Velho
César Costa Filho / Sérgio Bittencourt
O velho
Olha a vida que viveu
Os momentos que morreu, e chora!
O velho
Traz nos passos mil caminhos
Num olhar, nas mãos, espinhos de agora!
O velho
Olha a velha do seu lado
Estrangula o seu passado, e cala!
O velho
Não tem dor nem alegria
Suas mãos estão vazias, não fala!
O velho
Junta sonhos dos seus restos
E o cansaço dos seus gestos é enorme!
O velho
Guarda lágrima contida
Pensa em Deus e xinga a vida, e dorme!
O velho
Guarda lágrima contida
Pensa em Deus e xinga a vida, e dorme
E dorme, e dorme