História de Um Órfão
Ai minha mãe
Meu primeiro santo amor
Eu comparo minha mãe
Com o anjo do senhor
Numa excursão que eu fiz
No rio grande do norte
Um órfão falou-me em verso
De sua mesquinha sorte
Com um semblante mudado
O órfão sempre falava
Quando mamãe era viva
Nada para mim faltava
Se pai vinha me bater
Mamãezinha não deixava
Mas depois que ela morreu
Papai precisou casar
Porem a minha madrasta
Vivia a me maltratar
Quando eu falava em mamãe
Ela pegava a brigar
Minha madrasta era ma
Tinha cruel coração
Puxava minhas orelhas
Me dava um beliscão
Depois mandava papai
Me bater de cinturão
Eu queria ter mamãe
Nem que fosse bem velhinha
Andando com o bastão
Com a cabeça branquinha
Pra todo dia eu dizer
Me abençoe mamãezinha