Palanque Missioneiro

Baitaca

Dia de chuva, eu aproveito a ocasião
Vou pra o galpão reformar a velha carreta
Cevo um amargo num porongo missioneiro
E aquento água na velha cambona preta

Um quero-quero grita na frente da casa
E uma coruja na cunheira do capim
Parece até que sou o próprio Sete Povos
Que o verso xucro se acampa dentro de mim

Sou das Missões, eu nasci nesta querência
Cumpro a existência, honro a estampa de campeiro
Você que mora embaixo deste universo
Escuta os verso' de um palanque missioneiro

Nosso xucrismo, eu considero um alambrado
E eu sou o palanque pra não deixar ele cair
São Luiz Gonzaga é o torrão que eu fui criado
Em Rincão dos Pinto, na costa do Iriguati

Ser missioneiro não precisa falar em guerra
Em revolução, nem na espada e nem garrucha
É só cantar as xucrezas da nossa terra
Tudo que existe em nossa cultura gaúcha

Sou das missões, eu nasci nesta querência
Cumpro a existência, honro a estampa de campeiro
Você que mora embaixo deste universo
Escuta os verso' de um palanque missioneiro

Ser missioneiro é cantar aquilo que é nosso
Tudo que existe na querência de Sepé
É a cordeona, verso xucro de aporfia
A poesia, pealo a cavalo e de a pé

Ser missioneiro é ter nascido neste chão
Guentar' o tirão nas horas boa' e amarga'
Usar bombacha, boa bota e cinturão
E um chapéu Cury com palmo e pouco de aba

Sou das missões, eu nasci nesta querência
Cumpro a existência e honro a estampa de campeiro
Você que mora embaixo deste universo
Escuta os verso' de um palanque missioneiro

Curiosités sur la chanson Palanque Missioneiro de Baitaca

Sur quels albums la chanson “Palanque Missioneiro” a-t-elle été lancée par Baitaca?
Baitaca a lancé la chanson sur les albums “Vida de Campeiro” en 2003 et “Especial Baitaca” en 2011.

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