Quando Canta Um Missioneiro
(Quando canta um missioneiro
Até um chão moiado se racha
O magrinho usa bombacha
Abandona o brinco e o terno
O pau podre vira cerno
Cidade vira biboca
Lagarto se desentoca
No forte frio do inverno)
Bagual arrebenta a estaca
E se larga pro corredor
Até o céu muda de cor
Se está nublado, clareia
Touro troncho cria oreia
No verão cai geada fria
Tristeza vira alegria
E campo moiado incendeia.
Touro troncho cria orelha
No verão cai geada fria
Tristeza vira alegria
E campo moiado incendeia.
Quando canta um missioneiro
Até um chão moiado se racha
O magrinho usa bombacha
Abandona o brinco e o terno
O pau podre vira cerno
Cidade vira biboca
Lagarto se desentoca
No forte frio do inverno
O pau podre vira cerno
Cidade vira biboca
Lagarto se desentoca
No forte frio do inverno
( Oigalatê vanera véia, de bailá na beira do fogo
E atirá brasa com o taco da bota
No fole do gaiteiro parceiro véio)
O bagunceiro se acalma
E já sai arrastando a espora
O doente sara na hora
E os véios viram guri
Surgi tropas guarani
E treme as ruínas jesuítas
Índio Sepé ressuscita
E vem pra frente me aplaudir
Surgi tropas guarani
E treme as ruínas jesuítas
Índio Sepé ressuscita
E vem pra frente me aplaudir