Vida Operária
Sob as pontes, sobre os rios
Morada dos esquecidos
Quem habita é cão sem dono
Resto de vida vadia
Que rasteja sobre os mangues
Que como sobras ao dia
Que veste trapos de pano
Viventes sem serventia
Quando a fábrica apitar
Dez mil homens vão comer
Farinha, feijão e carne seca
Para força ter
Vão fabricar automóveis
Tecido, televisão
E cem dúzia de tratores
Pra grandeza da nação
Tem calo, corte e ferida
Na mão do trabalhador
Pra fazer mais farta a ceia
Na mesa do agricultor
Tem calo, corte e ferida
Na mão do trabalhador
Pra fazer mais farta a ceia
Na mesa do agricultor
Quando a fábrica apitar
Dez mil homens vão comer
Farinha, feijão e carne seca
Para força ter
Vão fabricar automóveis
Tecido, televisão
E cem dúzia de tratores
Pra grandeza da nação
Tem calo, corte e ferida
Na mão do trabalhador
Pra fazer mais farta a ceia
Na mesa do agricultor
Tem calo, corte e ferida
Na mão do trabalhador
Pra fazer mais farta a ceia
Na mesa do agricultor
Por isso peço licença
Porque agora eu vou falar
Pros homens que se elegeram
Com o voto popular
Pra prestarem atenção
No homem trabalhador
Que manda esse recado
Na voz desse cantador