Zinho
Era Zinho o apelido
De um certo menininho
Um menino tão certinho
Dava até pra se orgulhar
Era Zinho de bonzinho
O sonho de qualquer pai
Mas pra ele ser certinho
Tinha aos outros que agradar
Todo dia, Zinho
Tanta coisa pra fazer
Não tinha tempo de brincar
Tinha horário pra viver
Todo dia, Zinho
Tanta coisa pra fazer
Não tinha tempo de brincar
Tinha horário pra viver
Acordar às seis e vinte
Dez pras sete ir pra escola
O lanche das dez e quinze
Almoçar quinze pra uma
Uma e meia ir pro inglês
Quatro horas, atletismo
Tomar banho às seis e meia
O jantar às sete e quinze
Ai que saco! Chega às oito
Hora da lição de casa
Dez minutos é o bastante
Tive um dia muito cheio
Guardo o livro na estante
Paro o exercício no meio, para tudo!
Paro o exercício no meio, para tudo!
Como será que seria
Acordar ao meio-dia
Banho de refrigerante
Ser maior que um elefante
Sanduíche de chiclete
Viajar de patinete
Natação numa bacia
Futebol de melancia
Ir pra escola de pijama
Mergulhar num mar de lama
Bicicleta na cozinha
Pular mil amarelinhas
Saber todas adivinhas
Quero começar um novo dia!
Zinho, espertinho, já se divertia
A imaginação tudo permitia
Todo dia, Zinho, agora ele sabia
Um novo jeito de brincar