Tá do Jeito Que Eu Queria
Tô vivendo numa boa
Dispensei minha patroa
Destravei o freio de mão
Tô no meio da moçada
Dormindo de cara inchada
Pensa que trem mai bão
Cobrador não me rodeia
Eu faço o que dá na teia
Troco a noite pelo dia
Fazenda cheia de gado
Dinheiro à juro emprestado
Tá do jeito que eu queria
Quando eu era quebrado
Vivia largado
Mulher não me via
E o trem não subia
Andava de beira
Comendo poeira
Fodido da vida
Ninguém me queria
Cerveja gelada
Boi na invernada
Um monte de muié
E o bicho de pé
Carrão turbinado
Com o tanque lotado
Tranquilo e forgado
Hoje tem quem me quer