Pra Não Dizer Que Não Falei do Verso
Embora eu tenha quase uma felicidade
E uma tristeza por saber que vou embora
Embora eu tenha tanto medo da saudade
Sempre me encontro junto com minha viola
Ô, ê, ô, á, junto com minha viola
Ô, ê, ô, á, junto com minha viola
Embora eu tenha que viver sempre da hora
Às vezes, fujo pra poder viver agora
E também tenho que guardar coisas por dentro
Embora tenha que engolir coisas por fora
Ô, ê, ô, á, que engolir coisas por fora
Ô, ê, ô, á, que engolir coisas por fora
Às vezes, tenho que fazer minha cabeça
Uma sentença me explode na memória
E reconheço antes que o mal aconteça
E sigo avessa até chegar à vitória
Ô, ê, ô, á, até chegar à vitória
Ô, ê, ô, á, até chegar à vitória
Embora eu queira viver só fazendo verso
Mudando rimas, procurando uma saída
Mesmo que saiba que a realidade é fuga
Vou me limpando na sujeira dessa vida
Ô, ê, ô, á, na sujeira dessa vida
Ô, ê, ô, á, na sujeira dessa vida
Embora eu veja que esse mundo anda errado
Eu ando certo vivendo dentro do erro
Eu sou errado sempre nesse meio-termo
Eu ando perto, mas sempre vivo de lado
Ô, ê, ô, á, mas sempre vivo de lado
Ô, ê, ô, á, mas sempre vivo de lado
E cumprimento o lado que é do outro lado
O outro lado que é o outro lado do preço
E só não falo porque ele foi censurado
Porque é do lado do lado de lá do verso
Ô, ê, ô, á, do lado de lá do verso
Ô, ê, ô, á, do lado de lá do verso
E cumprimento o lado que é do outro lado
O outro lado que é o outro lado do preço
E só não falo porque ele foi censurado
Porque é do lado do lado de lá do verso
Ô, ê, ô, á, do lado de lá do verso
Ô, ê, ô, á, do lado de lá do verso