O Regresso
Horrivelmente mutilado
Junto as peças
Numa azáfama de desespero
Guardo o franzir da sobrancelha no armário das dores
Junto aos destroços cardíacos
Arrumo as ideias que já não me pertencem
Em busca do analgésico antes eficaz
A dor não passa
A dor não passa...
Fecho o armário entalando-me num amor morto
Num só golpe misericordioso
Na tentativa de impor um ruidoso convite De regresso à vida.