A Pinga do Duende Maluco

Bruno Maia

Vem cá duende maluco, fajuto, pinguço,
Me dá um golinho dessa tua pinga,
Que eu quero de vez no teu mundo entrar.

Toda vez que a gente tromba, tu só me embroma
Me mostra e embaça, mas agora é sério,
Que eu quero de vez pra nunca mais voltar.

Ô minha princesa da terra, Vê se recupera
O juízo e manera dessa tua ânsia
De sair correndo de todo lugar

Sei que teu povo é bizarro e viajam errado
Só vêm teu lado, e se esquecem de todos e tudo
Que de perto estão do seu lar...

Deixa que faz, acontecer e vai bater é ver pra crer
Bem perto estás...
Bem vindo ao mundo onde se pode sonhar...

Cinderelas esquecidas... historinhas de heróis,
Eu poeta sem a musa...
Inaudita a minha voz...
Lindos vales escarlates, borboletas de cristal,
E eu nem lembro mais meu nome, nem o seu...

To viajando nessa onda - Racha Crânio
Chapeludo, de boi brabo, vejo tudo que não vês.
SOMOS OS OVOS DA GALINHA QUE FUGIU!
Cadê o duende que não deixa eu ir embora?
Que doidera, passa a bola, quantas cores podem ter?
SOMOS OS OVOS DA GALINHA QUE FUGIU!

Mas tudo torna e volta a ser...

Chovem músicas e pensamentos,
E o meu tesouro já não é mais meu
Brotam raios, paixões soberbas -
Novas descobertas - Luz Apareceu...
Nunca para e só me destrava
Deixa arrombada - Luz Apareceu
Dá licença, deixa o delírio fluir livremente,
Luz apareceu...

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