Caixão de Prata
Olhando o teu retrato
Beijei aquela imagem
Aquele rosto tão lindo
Que me fazia mensagem
Eu resolvi ir embora
Pra longe desta paragem
Pensei até em me matar
Mas nunca tive coragem
Pensei até em me matar
Mas nunca tive coragem
As duas balas de ouro
Que encomendei do estrangeiro
Era pra matar nós dois
Naquele tiro certeiro
Antes de eu me matar
Eu te matava primeiro
Depois no meu peito esquerdo
Dava o tiro derradeiro
Depois no meu peito esquerdo
Dava o tiro derradeiro
As cartas que eu te mandava
Resposta não recebia
Nunca pensei que a tristeza
Vieste a chegar algum dia
Aquele golpe doído
Que por você eu sentia
Se eu derramasse meu sangue
Era por ti que eu morria
Se eu derramasse meu sangue
Era por ti que eu morria
Teu coração já tem dono
Isto é o que mais me maltrata
Há tempo eu desconfiava
De tua jura ingrata
As duas balas de ouro
São duas vidas que mata
Depois seguimos juntinhos
No mesmo caixão de prata
Depois seguimos juntinhos
No mesmo caixão de prata