Fazendinha do Indaiá
Estive hoje analisando
Vivo sonhando acordado
Fechando os olhos e pensando
Vejo o lugar que fui criado
Sinto que tudo está presente
Até o cheiro do roçado
Oh! Que beleza minha gente
Se eu voltasse ao meu passado
Vejo Rosinha sorridente
Indo cuidar da criação
Vejo Ritinha na cozinha
Pisar paçoca no pilão
A Inhá Benta é impertinente
Não desapega do fogão
Estou sentindo ainda quente
Até o gosto do feijão
Vejo mamãe lá na janela
Com toda aquela singeleza
Gritar com aquele jeito dela
Meninos, venham almoçar
Que o almoço está na mesa
Vejo papai que vem chegando
Com um semblante de tristeza
Pensando em mim está chorando
A minha falta, com certeza
Eu que vivia tão contente
Na fazendinha do Indaiá
Não sei por que tão de repente
Sem ter motivos vim pra cá
Vivendo aqui estou sonhando
Ai que saudade que me dá
Sonhando que estou voltando
Pra nunca mais sair de lá
Sonhando que estou voltando
Pra nunca mais sair de lá