Ozymandias

Marcus Maia / Vini Castellari / Caue Moura

Ei
Mantendo a pose
Mais pólvora e menos caderno
O mundo acabou em 2012
Nós tamo' vivendo no inferno

Quando foi que cê olhou pra trás irmão?
Quando foi que pôs a mão no coração?
Quando foi que resistiu à tentação?
Quando foi que cê me ouviu falar que não?

Eu vejo um futuro escuro
Repleto de sombra que ofusca a visão
Eu olho pra frente
Não vejo dois palmo de luz dentro da escuridão

Acende uma tocha então
Ilumina e aquece os pulmão
Não tem mistério não
Daqui tamo indo pro necrotério, firmão?

Chega, pronto, falei
Num vô mais fingir que eu não sei
Não tem paciência pro cês
Agora é um dois, só conto até três

O jogo é complexo tipo xadrez
Aprende em um dia e esquece em um mês
O bagulho é que nem Sérgio Naya
O plano era bom, faltou solidez

Metemo' com a língua nos dente
Se precisar nós metemo no inglês
Motherfuckers keep calling me names
But ain't got the balls to say shit on my face (bitch)

Tamo vendo vocês
Tipo assim que cê faz, que cê fez?
(Tipo assim que cê faz, que cê fez?)
(Ti-ti-tipo assim que cê faz)

Ah, porra nenhuma, né?
Cê só quer dinheiro, não dá migué
Caraio, cês monetizaram a fé
Dinheiro na mão e o povo no pé

Filho da puta
A conta chega, fica ligado
Lembra dessa fita desesperado
Serrote na veia desse arrombado

Sangue correndo no porcelanato
Só o antebraço, ficou barato
Faz um garrote apertado, hein
Corre por Albert Einstein

Não entra em choque
Seu pesadelo nem começou
Pesadelo é ter que viver
Nessa porra de mundo que cê criou

Ah, desgraça, eu vejo desgraça
Na humanidade por onde ela passa
Gente boa tá de mordaça
Meu primo era bom, mas virou reaça

Tamo falando do que cê não manja
Dos esquema que o sistema arranja
Mistura o verde e o amarelo
E descobre que aqui o resultado é laranja

Podre até o pescoço sim
Cara de pau tem cupim (hã)
Capricha nessa vista grossa
Quero um pedaço do bolo pra mim, agora é assim

Vamo fazendo essa porra
Que nem os antigo fazia
Mamata só la do outro lado
Se eu tô fazendo, é ideologia

Pega a ironia desse arrombado
Que xinga criança e mulher de vadia
Me dá até uma dó quando eu lembro
Que o filha da puta também tem uma filha

Finge que prega a paz (rá)
Discurso clássico
Palavra de Deus tá na pedra
Mas a porra da fé é de plástico (vish)

Drástico é o resultado
De tudo aquilo que foi plantado (hey)
Minhas ideia vêm tipo hidropônica
Do aroma diferenciado

Abrindo caminho
Pra todo tormento sair da memória (hã)
Da sociedade que paga
Os 20 centavos mais caro da história

Glória, glória a Deus (ôôô)
Prosperidade irmão
Meus bens não são mais meus
São do Templo de Salomão

Prejudicado, ludibriado
Realidade desse coitado
Povo passivo, deixa barato
Tipo São Paulo, quase um colapso

E eu tive um lapso de lucidez
Onde eu pegava todos vocês (ei)
Botava em alguma quebrada
E fazia viver com um salário por mês

E mais uma vez cê fez de conta
Que merece o que tem, hein?
E o resto do mundo na bosta
Vai dizer que merece também?

Mais uma vez cê desaponta
E conta outra uma piada pronta
Pega essa afronta, leve em conta
O que a história te aponta e acende uma ponta

Pergunta se eu quero ter mais
Te respondo: Jamais (ei)
O prestígio tem preço
Custa minha paz, caro demais

É aquele argumento antigo
Que eu sempre recebo vindo de vocês
Qualquer idiota podia ter feito aquilo que eu fiz
(Mas não fez)

Mantendo a pose
Mais pólvora e menos caderno
O mundo acabou em 2012
Nós tamo vivendo no inferno

Mantendo a pose
Mais pólvora e menos caderno
O mundo acabou em 2012
Nós tamo vivendo no inferno

Mantendo a pose
Mais pólvora e menos caderno
O mundo acabou em 2012
Nós tamo vivendo no inferno

Mantendo a pose
Mais pólvora e menos caderno
O mundo acabou em 2012
Nós tamo vivendo no inferno

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