Distorcendo as Palavras
Eu acordei e vi
Tanta gente equivocada
Distorcendo as palavras
De alguém que trouxe salvação
E não condenação
Alguém que acolheu
Sem nenhuma distinção
Perdoai nossas ofensas
Mas destrua quem nos tenha ofendido
Piedade segregada é a nova lei da casa
Assim quem erra, morre sem céu
E a minoria morre esmagada
Erguendo as mãos pro céu
Em busca de uma recompensa
Mas fechando o vidro do carro
Na cara da criança indefesa
A favor da vida, mas também da punição de morte
Pra quem não teve a sorte
De nascer a salvo
Perdoai nossas ofensas
Mas destrua quem nos tenha ofendido
Piedade segregada é a nova lei da casa
Assim quem erra, morre sem céu
E a minoria morre esmagada
Arma na mão pra garantir a sua paz
Oferecer a outra face nunca mais
Estamos cada vez mais longe do real sentido
Se morreu foi porque mereceu
É o que você diria se estivesse lá
A dois mil anos atrás?
Quando foi que o ensinamento que foi dito
Sobre amor, perdão e doação
Se confundiu com um discurso de opressão?
Hipocrisia foi elitizar uma crença
Na qual a real recompensa
Não é de ouro e nem prata
Você iria se ofender se eu te dissesse
Que o Deus que muitos fingem seguir
Não era branco de olhos azuis?
Perdoai nossas ofensas
Mas destrua quem nos tenha ofendido
Piedade segregada é a nova lei da casa
Assim quem erra, morre sem céu
Mas quem nunca errou que atire a primeira bala
Arma na mão pra garantir a sua paz
Oferecer a outra face nunca mais
Estamos cada vez mais longe do real sentido
É tanta estupidez se achar tão justo assim
Pra fazer justiça com as próprias mãos
Se quem aponta o dedo
Bebe a própria condenação