Super Superstição
Há dias assim
Cada minuto é uma casca de banana
Cada degrau feito pra tropeçar
E os meus ossos de porcelana
Parecem prontos a quebrar
Há dias assim
Um gato preto em cada esquina
Um espelho estilhaçado no psiché
E o sol espalhado no chão da cozinha
E o guarda-chuva aberto no café
Então eu faço figas
Saco da pata de coelho
Do trevo de quatro folhas
Uh, uh, uh
Tiro a ferradura do armário
Busco a moeda da sorte
Visto o casaco ao contrário
Uh, uh, uh
E sinto-me mais forte
E sinto-me forte
Há dias assim
Com ramos de cravos no camarim
Em lugar de um mar de rosas
Com gente a assobiar atrás de mim
E mau olhado por ver tantas mariposas
Então eu faço figas
Saco da pata de coelho
Do trevo de quatro folhas
Uh, uh, uh
Tiro a ferradura do armário
Busco a moeda da sorte
Visto o casaco ao contrário
Uh, uh, uh
E sinto-me mais forte
E sinto-me forte
Há dias assim
Em que o pé esquerdo pousa primeiro
Em que se passa debaixo da escada
Em que se brinda sem olhar o parceiro
E há treze cartas na mesa da entrada
Então eu faço figas
Saco da pata de coelho
Do trevo de quatro folhas
Uh, uh, uh
Tiro a ferradura do armário
Busco a moeda da sorte
Visto o casaco ao contrário
Uh, uh, uh
Então eu faço figas
Saco da pata de coelho
Do trevo de quatro folhas
Uh, uh, uh
Tiro a ferradura do armário
Busco a moeda da sorte
Visto o casaco ao contrário
Uh, uh, uh
E sinto-me mais forte
E sinto-me forte
E sinto-me mais forte.