O Travesti

Luís Carioca

Na minha rua mora uma pequena
Pedaço de morena, carne de primeira
Mas o crioulo que marido dela
Um fundo de panela
Que não vê bombril
Se acha no direito de se ver perfeito
Mas ele não merece a nega que ele tem

Mas nesse dia a nega quebrou a corrente
Dando um passo à frente, chegou no portão
Fiquei admirado com o seu rebolado
Respirando fundo, me aproximei
Meio nervoso dei uma piscada
E a nega esnobava, fingindo não viu

Mas, de repente, a coisa ficou diferente
O nego apareceu como um tufão na minha frente
Fiquei apavorado, tentei me explicar
Mas o crioulo apressado
Quis me atacar

Corri o bairro inteiro
Feito uma gazela
Foi o resultado daquela paquera
Mas fui alcançado
Pois escorreguei
Parei no hospital
Com a surra que levei

Três costelas quebradas
A cara amassada
Por causa de uma nega
Feia, desgraçada
E depois da surra que eu recebi
Descobri que aquela nega era um travesti
Descobri que aquela nega era um travesti

Era um travesti
Um travesti
Um travesti

Curiosités sur la chanson O Travesti de Companhia do Pagode

Qui a composé la chanson “O Travesti” de Companhia do Pagode?
La chanson “O Travesti” de Companhia do Pagode a été composée par Luís Carioca.

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