Assim no Osso do Peito

Cristiano Fantinel / HALBER LOPES / Marco Antônio Nunes

Chapéu meio ladeado, trancão de enfrenta repecho
As "vez" um calor danado, noutras frio de bater queixo
Potreiro, canto de cerca, com calma enfrena a gatiada
E num upa alça a perna pra encerrar a cavalhada

Peonada verde de mate, conforme a hora, isso é certo
Cambona longe do fogo, um perro sempre por perto
Qualquer cosa é logo ali mesmo sendo uma lonjura
E os campos do patrão, vão até uma certa altura

Indiada sem cerimônia
Comem com o prato na mão
Gente simples, sem floreio
E um baita coração
São homens de compromisso
Depois de dito, tá feito
E vão topando os desafios
Assim no osso do peito

O dia é bem tocado e quase sempre a lida aperta
Mas ninguém faz cara feia isso é a coisa mais certa
Trabalham dando risada, com confiança e fé em deus
Do alheio nunca se sabe, cada um cuida dos seus

Esses homens de bom censo não são de arrar o pealo
Vestem uma pilcha com gosto e andam bem a cavalo
Nunca se negam pra nada, seja festança ou serviço
E antes de passar a adiante costumam pedir permiso

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