O Guerreiro
Me lembro, foi ali que desmunhequei
Na hora, confesso, quase chorei
Senhor, tu que criastes o firmamento
Somente nas mãos de um jumento
Eu vi a Estrela Polar
Raiar
Guerreiro que me deflorou no banheiro
Tornou-me um veado campeiro
Vendo a madeira entrar
Ali, pegava pau, pegava rolada
Eu tinha um vigia que me enrabava
Mas logo volveu a Cruzeiro del Sur
Queria rever de novo a minha alegria
Queria voltar prá minha pradaria
Rever novamente a Estrela do Sul
Me lembro, foi ali que desmunhequei
Porque num quiabo eu escorreguei
Senhor, Tu que me revelastes um sentimento
Por meio de um grande instrumento
Fez a noite mais cedo chegar
Raiar
Luneta que aponta sempre pro norte
Me fez ver de perto a morte
Ver o astro do Canadá
Ali, enchergava longe com alegria
Gemendo e miando na minha agonia
Via o que ninguém pode mais avistar
O astro que só se vê do hemisfério Norte
Com a poderosa luneta de morte
Eu via a distante Estrela Polar