Hermes
[Verso 1: Diomedes Chinaski]
Eu nunca estive em guerra com esse menino fraco
Parasita mimado, cala a boca, não enche o saco
Tua carreira é só um marca, eu marco
Vidas, almas, dramas, traumas, sonhos e arco
Com as consequências, existência nem sempre é um palco
Tô passando os perrengues, 'cê chorando passando talco
Minha vida é um freehand, eu não decalco
A rua compreende
Tu é só recalque e álcool que faz citar meu nome
Teu rap eu nem saco
Voltei por quem tá na neblina
Liberar teu Vasco, 'cês não enxergam meus cálculos
Nem usando óculos, nem mesmo binóculos
Sou Chave até os glóbulos
Família suicídio, neuróticos dos trópicos
Essa é a mãe rua e seus filhos psicóticos
O crime contamina quem tem antibióticos
Voltei pelos reais e não pelos esteriótipos
[Refrão: Marcelo Ferreira]
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
[Verso 2: Diomedes Chinaski]
E antes de sair boto meu coração no freezer
Não tem tempo pra chorar, nem tempo pra deslizes
É melhor se levantar porque o mundo ta em crise
O meu desmoronou, mas não impediu que eu produzisse
Nunca imaginei ser Hermes que me conduzisse
Ainda tô pra ver um sonho meu que não materialize
Juntos com os amigos de guerra, um paraíso a nossa espera
Bandido até a morte enquanto houver miséria
Por isso até minhas músicas mais leves são sérias
Meu Deus, ainda quero um céu no mundo da matéria
Fundamental a dor das minhas epopéias
Porque eu não sou Platão pra tá no mundo de ideias
Já gravei o Réquiem, podem conspirar
Podem até me matar, 'cês só não podem me parar
Porque eu tô em estado de frenesi insano
E tipo Mozart, eu tô compondo até sem piano
[Refrão: Marcelo Ferreira]
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar
E nada pode nos parar