Bom Dia Vietnã
Bom dia vietnã, de pé, na fé
Já passam das três da manhã
Não estamos aqui pra ostentar ou conquistar fã
Vim recrutar talibã pro nosso clã.
Desculpe se for rude, mas tua rima não me ilude.
O rap que acredito anda armado, touca preta e está de luto
Vivendo num dilema
Entro pra cena do louco?
Ou sou mais um robozinho neste teu jogo?
Míssil traçante, disparado a todo instante
Não só pra tremer falante, é som militante
Com dialeto articulado pronto pra matar gigante
Nós faz base de peso que é pra vir rachar concreto
Discreto, direto
Minha liberdade prefiro ver a céu aberto
Os incorreto é zé povinho, que reza pra ver meu fim
Vocês não sabe de onde vim, muito menos pra que vim
Em cada frase um kamikaze, só esperando o ok da minha base
Pra acender o estopim da minha maldade
Por ambição, por pilantragem ou por vaidade
Já vi pai de família perder tudo atrás das grades
Nesta cidade vejo muito falsidade, mas
Malandro bom jamais dá as costas pra humildade...
Se a lei falhar, a justiça eu mesmo faço
Não sou muleta pra vadia ou pra palhaço
Tipo, homem de aço, vou só no sapato
Sempre honrando meu espaço
Pois, hoje sei muito bem que sou
Sobrevivente do extermínio que falhou
Vários vermes até tentou
Só que não me eliminou
Segura o bonde, o dpr não acabou!
(Nocivo shomon)
Brutalidade que invade, sem versos de clodovil
Ciclone, pique capone, meu microfone fuzil
Não sou o que a mídia pediu, mas sim o que o rap precisa
Enxame, tsunami, na rima que corta a brisa
A moda não escraviza, visa quem pisa pesado
Onde quem não se vendeu, ta louco pra ser comprado
Soldado, fortemente armado,
Usa o poder da mente e deixa em choque um monte de arrombado
Moleque, meu povo sofre, futuro manipulado
Vitória pra quem comanda, é nós, no mic calado!
Fui convocado, dpr, nocivo, vietnã
Ofensa pros coxinha, bonecos da klu klux klan
Mais ouvintes, menos fã, resistência unida
Eles rebolam a jaca, nós ataca na batida
Mostra a verdade escondida no som de contestação
Eles apagam a vida, nós queima vários busão
Não vim trazer diplomacia com minha letra
Não mudo a meta por contrato ou por buceta
Vim pra ser o cometa
Que vai extinguir sem dó os vermes da face deste planeta
Neguei tua s.I.d.a., e a tua liberdade assistida
Copo de pinga ou carreira de farinha
Venho rimando a revolta de quem atira ou quem implora, não mata
Eu canto pra quem trinca, quem critica ou quem trafica, não usa
Pra quem dá um trampo, ou prefere a vida bandida, sai dessa
Ligeiro, não rua quem não corre é passageiro
O esqueiro, agita pra caralho, mas só corre por dinheiro
E os guerrilheiro aqui estão
Tipo al capone, trepado com os microfone
Caçando e matando os clones
Que tentam sujar meu nome
Que feio, vocês faz vexame
Mas é com nós que fecha o enxame.
Tipo formiga, o enxame, é a zica
A família está unida, confira
Assim que é!
O rap ta na responsa, quem não é vira bolsa... Shhhhh... só fica a roupa...
Quem é que treme com os alto-falantes?
É dpr, quer pagar pra ver?
Quem ta batendo de frente com os tanques?
É a resistência unida que ainda crê!
Nós estamos pronto pra guerra a todo instante!
Sou do protesto à resistência até morrer!
Quem é que treme com os alto-falantes?
É dpr, quer pagar pra ver?
Quem ta batendo de frente com os tanques?
É a resistência unida que ainda crê!
Representantes dos filhos do gueto,
Correndo junto dos brancos e dos pretos,
Herdeiro pardo do combate de guerrilha.
Das ruas de são paulo, até os terreiros da bahia.
Ando vestido com as armas de jorge,
Que me guarda do inimigo, e não deixa só com a sorte.
Protegei-nos no combate e na hora da nossa morte...
Amém!
São jorge protegei a todo maloqueiro,
A todo guerrilheiro que ta na rua, buscando alternativa,
Pra manter tua mente ativa,
Sem trago...