Coisa da Vida
Foi sonho cruel, despertar atroz
O fim de um romance que nos ocorreu
E por ironia você não tem culpa
Nem pode dizer que o culpado fui eu
São coisas que a sorte reserva pra gente
Sem dia marcado ou hora definida
Eu só sei dizer que machuca tanto
E o desfecho amargo são coisas da vida
Quando começamos entre nós reinava
Tremenda esperança que nos aqueceu
Eu sonhava alto, alto tu sonhava
Mas o tempo cruel tudo arrefeceu
Hoje não te vejo, nem você me vê
E o castelo lindo nas bases tremeu
Ruindo por terra todos os nossos sonhos
Eu perdi você e você me perdeu
Esquecer você em definitivo
Seria tão bom, mas nem quero tentar
O veneno lento que ainda restou
Quero que caminhes por onde eu andar
Embora sabendo que sempre trarei
Dentro do meu ser a alma ferida
Que sejas feliz nunca se esquecendo
Do velho refrão, são coisas da vida