História de Vaqueiros

Elomar

Mais foi tanto dos vaquero
qui rênô no meu sertão
qui cantano um dia intêro
num menajo todos não.
João Silva do Ri-das-Conta
Antenoro do Gavião
Bragadá lá das Treis Ponta
Tiquiano do Rumão
ranca tôco ribadêro
matadô de lubião
turuna qui laça frechêro
nos iscuro pelas mão
mermo cantano um dia intêro
num menajo todos não
certa feita vô contá
só um feito desse vaquêro
foi chamado pra pegá
um levantado marruêro
Morada Velha do Olivêra
Lagoa do Pancadão
Tiquiano foi só cum a pitêra
a Ri-de-Conta e sem gibão
mêa noite e lua
e um quilarão
pontô o bicho na bibida
vino do fundo da mata
na lagoa de pureza
feito u'a bacia de prata
qui buniteza nessa hora
só lamento nun tá lá
e sem mais demora Tiquiano
gritô: vem bichão vem cá!
riscô um tufão feito um raiá
já cum bicho bem pegado
ma ponta do pau-de-ferro
pelos mistero da hora
in qui num pode havê êrro
o incapetado lubisomi
'stremeceu soltô truvão
já tava intregano ao bicho home
as alma nas palma das mão
faca na venta e sangue no chão
e a lua oumenta o quilarão
faca na venta e boi no chão
mais foi tanto dos vaguêro
qui rênô no meu sertão
qui cantano um dia intêro
nun menajo todos não
Juão Silva do Ri-das-Contas
Antenoro do Gavião
Bragadá lá das Treis Ponta
Tiquiano do Rumão
ranca tôco ribadêro
matadô de lubião
turuna qui laça frechêro
nos iscuros pelas mão
mermo cantano um dia interô
num manajo todos não
as Guariba é um cruzamento
in toda tarde de dumingo
hai um grande ajuntamento
de muita gente e malungo
moça bunita perdedêra
Bragadá sua perdição
boi das arma branca cara preta
catravo de pé e mão
fera sturrano
cavava o chão
surucucú
de dois ferrão
malvado e brabo
pegô Juão
derna o tempo de minino
fazia pur brincadêra
pegá bicho remeteno
de mão pilunga ô pitêra
dentra da venda in descursão
entrô os vaquêro de lá
pruns olhos bunito cum ferrão
pulô a cerca bragadá
a noite intêra bebeu dançô
na brincadêra no Tomba virô
moça bunita laço de amô
pelo triz de um momento
da peleja in certa altura
viu nos olhos da morena
ispelhada u'a mancha iscura
faca na venta o boi morreno
Bragadá caiu no chão
cum o vazí rasgado'stremeceno
parava o saingue c'as mão
amô nun sei pru modi quê
facilitei olhei voce
foi pur teus olhos pur a fulô
pegava o boi boi me pegô
édura a sorte do pegadô
morrê da morte chifrada amô
mais foi tanto dos vaguêro
qui renô no meu sertão
qui cantano o dia intêro
nun menajo todos não
Juão Silva do Ri-das-Conta
Antenoro do Gavião
Bragadá lá das Treis Ponta
Tiquiano do Rumão
ranca tôco ribadêro
matadô de lubião
turuna qui laça frechêro
nos iscuro pelas mão
mermo cantano um dia intêro
nun menajo todos não
mermo cantano um dia intêro
nun menajo meus irmão

Curiosités sur la chanson História de Vaqueiros de Elomar Figueira Melo

Qui a composé la chanson “História de Vaqueiros” de Elomar Figueira Melo?
La chanson “História de Vaqueiros” de Elomar Figueira Melo a été composée par Elomar.

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