O Agora
Não cabem saudades no peito
No rancho não cabem lamentos
Os olhos ocultam mensagens
Da vida e seus adventos
Não sei onde andam as lembranças
Que o tempo caduco perdeu
No fundo do inconsciente
Me vejo perdido num breu
Aqueles que tive em abraços
Não andam mais junto a mim
Memórias dos tempos passados
Só mostram caminhos pra’o fim
Mas uma luz me habita as retinas
E minha alma me leva a viver
Por amor ao que tive na vida
Pela paz que me faz renascer
Não lamento a tristeza da ida
Mas me alegro ao olhar pro passado
E encontrar tanta gente querida
Que o destino me fez ter ao lado
É pra isso que faço meu canto
Pra zelar pelo eterno agora
Amanhã só terá nostalgia
E vivências na forma de outrora
E assim descobri o sentido
De viver apegado ao passado
Ele vive imutável no tempo
Nem que o tempo já tenha mudado
Nada vale tão mais que um abraço
Tudo, é certo, que um dia termina
É preciso viver o presente
Aprender o que a vida ensina