Vô Alfredo
Vô Alfredo
tinha febre lá na língua do frê
e danava a dançar o frevo
numa afrição africana,
uma macumba fremente
que não se vê mais não.
Minha língua se soltava do freio
e falava em tesão
hum, hum, hum, hum...
Ai, ai, como era bom
pular no cordão.
Friendship from Recife
sifu se o Mister Pou,
frajola pr'arriba da gente
com seu fru-fru fricoteiro,
um canhão de ketchup,
em onda de tubarão.
Minha língua manda à merda esse freio,
três veis salve o tesão
hum, hum, hum, hum...
Ai, ai, frevo e baião,
toada e sambão.
Canta o pau, acorda o zabumba
freme, freme o sertão.
Canarim, canarim, eu desfraldo
o frevo no coração.
Canarim, canarim, fraternal
fratura a fronteira, irmão.
Vovô Alfredo, eu vou ao frevo
frevendo de emoção.