A Memória dos Dias

Correste a dizer que o dia vinha às portas da saudade
E cobriste de mil flores as varandas da cidade
Ao cantar enrouqueceste mil canções feitas à toa
Dançaste todas as ruas embriagadas de Lisboa

Leste os clássicos do tempo como toda a novidade
E a sonhar adormeceste no prazer da liberdade
Inventando mil amigos
Esquecendo velhos perigos

Acordaste em sobressalto do teu sonho meio ferido
Dos confins do pesadelo, no limite dos sentidos
Soçobrado na ideia mais ou menos dolorosa
Que te negavam medonhos, o teu plano cor de rosa

E na fúria dos enganados, na febre dos desvalidos
Na razão dos maltratados entre abraços desabridos
No delírio prematuro
Ainda foste forte e duro

Roda a espiral da história entre as garras da agonia
Diz adeus, ó meu amor, que eu hei de voltar um dia

E deixo-te uma palavrinha para te lembrares de mim
Perfumada pelo cravo, amanhã p'lo alecrim
Deixo-te uma palavrinha
Para te lembrares de mim

Curiosités sur la chanson A Memória dos Dias de Faust'o

Quand la chanson “A Memória dos Dias” a-t-elle été lancée par Faust'o?
La chanson A Memória dos Dias a été lancée en 1985, sur l’album “O Despertar dos Alquimistas”.

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