E Viemos Nascidos do Mar

E muito se espantam da nossa brancura
Entretanto
E muito pasmavam de olhar
Olhos claros assim
Palpavam as mãos e os braços
E outras partes
Portanto
Esfregavam de cuspo minha pele
Para ver se era enfim
Uma tinta
Ou se era de estampa
Uma carne tão branca
Vendo assim que era branco
O meu corpo e a brancura de então
Extasiam
E muito se maravilham
De todo em admiração

E éramos brancos de assombro
E nascidos do mar pelas naves
Guiados pelos ventos do céu
E pelo voo das aves

E uns escondem as suas vergonhas
Cobertas de estopas
E eram grandes e gordos
E baços
E enxutos
Os pretos
Pelas ventosidades
Confundem traseiros e bocas
E tapam aqueles e estas
Dobram calafetos
E os mais pardos
Lá vão quase nus
Vão ao léu gabirus
E de tetas até à cintura
Há mulheres crepitantes
Tão desnudas
Meneiam na dança
O seu corpo dançante

E éramos brancos de assombro
E nascidos do mar pelas naves
Guiados pelos ventos do céu
E pelo voo das aves

E muito se espantam da nossa brancura
Entretanto
E muito pasmavam de olhar
Olhos claros assim
Palpavam as mãos e os braços
E outras partes
Portanto
Esfregavam de cuspo minha pele
Para ver se era enfim
Uma tinta
Ou se era de estampa
Uma carne tão branca
Vendo assim que era branco
O meu corpo e a brancura de então
Extasiam
E muito se maravilham
De todo em admiração

E éramos brancos de assombro
E nascidos do mar pelas naves
Guiados pelos ventos do céu
E pelo voo das aves
E éramos brancos de assombro
E nascidos do mar pelas naves
Guiados pelos ventos do céu
E pelo voo das aves

Curiosités sur la chanson E Viemos Nascidos do Mar de Faust'o

Quand la chanson “E Viemos Nascidos do Mar” a-t-elle été lancée par Faust'o?
La chanson E Viemos Nascidos do Mar a été lancée en 2011, sur l’album “Em Busca das Montanhas Azuis”.

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