O Mar

E todo o mar se cobriu de infinitas riquezas
De anil e sedas e jóias e de odoríferas drogas
De si deitava nas praias moscatéis e licores
Adoçando de sua bravura
O mar
Nas margens adamascadas andam náufragos dispersos
Mariscando lagostas ostras choupas taínhas
E bebem vinhos distintos de singulares aromas
Se anda ao longo da costa em ofertas
O mar

E entregou Leonor
Seus cabelos aos ventos
Na quietude tão só
Tão ausente de tudo
E mais quieta era a luz
No sossego das águas
E uma música escorre dos céus
Devagar

E fazem tendas de aduelas de alcatifas majestosas
De outras peças de ouro e prata de cambraias e cetins
Cobertas de colchas vermelhas de rosários de cristal
Mas mais garrido do que toda aquela praia
O mar
E fazem velas das camisas e outras de damasco verde
As amarras de outros panos de veludo carmesim
De um remo fizeram o mastro
E a enxárcia de uma linha
E tão docemente embala este batel
O mar

Se todo o mar se cobriu de infinitas riquezas

Curiosités sur la chanson O Mar de Faust'o

Quand la chanson “O Mar” a-t-elle été lancée par Faust'o?
La chanson O Mar a été lancée en 1994, sur l’album “Crónicas da Terra Ardente”.

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