Arvoredo
Talvez ainda seja cedo
Pra sombra desse arvoredo
Cobrir minha casa, minha terra
Minha gente de uma só semente
Tanto amor brotar
A vida é feita de espera
Quem é que não quer primavera
Por andar invernos
Desfolhar outonos
Eu plantei no tempo de tantos verões
Meu coração tão solitário
Sem jeito, sem pedir salário
Resistiu ao vento de uma tempestade
Não se fez metade para inteiro ser
Arando a terra do meu sentimento
A chuva sabe ter os seus momentos
De não deixar a gente se esquecer
Que a vida vale, vale, vale, vale sim
Vale viver
O céu abriga o tempo certo do arvoredo florescer
Com minhas mãos cultivarei a mim
Flores do campo, girassóis, jasmim
Hei de saber e de considerar
Farei de mim o meu melhor lugar