Vieste do Fim do Mundo
Vieste do fim do mundo
Num barco vagabundo
Vieste como quem
Tinha de vir para contar
Histórias e verdades
Vontades e carinhos
Promessas e mentiras de quem
De porto em porto, amar se faz
Vieste de repente
De olhar tão meigo e quente
Bebeste a celebrar
A volta tua
Tomaste-me em teus braços
Em marinheiros laços
Tocaste no meu corpo uma canção
Que, em vil magia, me fez tua
Subiste para o quarto
De andar tão mole e farto
De beijos e de rum
A noite ardeu
Cobri-me em tatuagens
Dissolvi-me em viagens
Com pólvora e perdões tomaste
O meu navio, que agora é teu!