Rádio Taciturno

Acá vai lama, derrapa de frente
Segunda, terceira, é-me indiferente
É sempre diferente
É tão diferente

Faz de conta que estamos parados
Que somos livres, que estamos tomados
No banco de trás sempre ocupados

Cavem Canem, os sons de lata
Que ladrem, que mordam, que passa
A carruagem passa
A carruagem passa

Chiar de borracha cheira a incenso
Sempre diferente, foge de lado
É o Dalai Lama?
Cá vai Dalai Lama

Rádio táxiturno
Não chama mais nenhum
Rádio taciturno
Se chegar mais algum

Faz de conta que somos levados
Sempre atrás no burro do Sancho
Muito ocupado
Sempre ocupado

No banco de trás
Derrapa de frente
Foge de lado
Cá vai lama
Cá vai lama

Rádio táxiturno
Não chama mais nenhum
Rádio taciturno
Se chegar mais algum

Uma nesga da janela sempre aberta
pra controlar o motim
Uma mão no bolso, outra na tua dura perna
Dá pra ficar assim?

Rádio táxiturno
Não chama mais nenhum
Rádio berro entorno
Se chegar mais algum

Uma nesga da janela sempre aberta
pra controlar o motim
Uma mão no bolso, outra na tua dura perna
Dá pra ficar assim?

Um ouvido na rádio em convulsões
Vomitar a notícia
Um olho no espelho raiado de luz
Controlar a polícia

Curiosités sur la chanson Rádio Taciturno de Gnr

Quand la chanson “Rádio Taciturno” a-t-elle été lancée par Gnr?
La chanson Rádio Taciturno a été lancée en 1994, sur l’album “Sob Escuta”.

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