De á Cavalo na Bespera
Botei um pealo de esparramar o sabugo
Numa potranca refugo que apelidei de bespera
Que se veio da fronteira aporreada e perigosa
Quexo roxo e cosquilhosa cria da canhada funda
De quebra te dou uma tunda
Pra um bom começo de prosa
Que se veio da fronteira aporreada e perigosa
Chego a maneia derrubo atraco o bocal
Nos punhos desse bagual tu vai rinchar sem demora
Se alvorotam minhas esporas loucas por carne com osso
E um mango de cabo grosso corcoveia no meu braço
Pra uma sumanta de laço do sabugo até o pescoço
Se alvorotam minhas esporas loucas por carne com osso
Chega manduca peala juca aperta a xucra
Que a mutuca te cutuca se tu resbala na poeira
Não te confunda com a cacunda da raimunda
Salta em cima e da uma tunda na cachopa da bespera
Dei um pealo de esparramar o sabugo
Numa potranca refugo que apelidei de bespera
Que se veio da fronteira aporreada e perigosa
Quexo roxo e cosquilhosa cria da canhada funda
De quebra te dou uma tunda
Pra um bom começo de prosa
Que se veio da fronteira aporreada e perigosa
Bem á cavalo como rei que senta em trono
Gritando tu já tem dono quem te governa sou eu
Num corcóvio se prendeu tentou me sacar de riba
O tempo mudou de clima numa tormenta de laço
E atordoada de mangaço se amansou de cola e crina
Num corcóvio se prendeu tentou me sacar de riba
Chega manduca peala...