Noturno Copacabana
Noite, à beira-mar
Homens vêm montar
Centauros de silicone
Por cem reais
Nalgum motel
Ou sob o céu do Mirante
Leme, Marimbás
Forte, Posto Seis
É pura pulsão de morte... morte... morte...
Noite, à beira-mar
Carros vão passar
Por vigilantes sereias
Uns vão seguir
Sem escutar
Com algodão nos ouvidos
Outros vêm morrer
Vêm se afogar
No mar de Copacabana ... ana... ana....
E eu vou me equilibrando
Andando, andando
Na corda do meu desejo
E quando, quando
A noite avançar
No fundo do mar
Os mortos matam sua sede... sede... sede...