Água de Pranto
Já bebi aguá de pranto
Com gosto de ingratidão
Já dormi com a saudade
E acordei com a solidão
Cruzei com a felicidade
E entrei na contra mão
Já paguei tudo que devo
Nas garras de uma paixão
Já amanheci na rua
Com a lua esperando o sol
Beijei o retrato dela
Chorei, rolei no lençol
Nas ondas do mar da vida
Naufraguei meu coração
Numa nave de tristeza
Me perdi na imensidão
Não sei de onde venho
Não sei pra onde vou
tanto faz, tanto fez
Pra quem vive sem amor
Pode ser dia e noite
Chuva, sol, frio ou calor
Eu sou um resto do nada
de um história de amor