Igrejinha da Serra
Lá pertinho de Rio Verde
No interior de Goiás
Eu vi uma história triste
Que não esqueço jamais
Um casal de namorados
Que se amavam demais
O casamento dos dois
Eram contra seus pais
A moça era milionária
Filha de um fazendeiro
O moço era bem pobre
Mas muito bom violeiro
Não quiseram o casamento
Por ele não ter dinheiro
Mas existia entre os dois
Um amor verdadeiro
Ela entrou em seu quarto
Em um tormento sem fim
Deixou uma carta escrita
A carta dizia assim
Papai e mamãe
Desde criança que eu amo loucamente este moço
E hoje, por ele ser pobre não permitiram nosso casamento
Mas nós fizemos um juramento
De seguirmos um só caminho
Lá no alto da serra
Deitados sobre a terra
Vamos morrer bem juntinhos
Não chores papai
Não fiques em desespero
Guarde bem o seu dinheiro
Erga por mim somente uma cruz
Peço perdão ao senhor
Porque pelo nosso amor
Vamos entregar nossas almas a Jesus
Ao ler aquela cartinha
Ficaram todos assustados
Lá em cima da serra
Os dois foram encontrados
Já não tinha mais remédio
Os corpos estavam gelados
Ali beberam veneno
Morreram os dois abraçados
Quem passar lá bem pertinho
Rezando, tire o chapéu
Reconhecendo a história
Que fica vagando ao léu
Lá se vê uma igrejinha
Toda enfeitada de véu
Quem não casaram na Terra
Mas se uniram no Céu