Milonga do Carreteiro

Venho lá da Vista Alegre
pregueando boi no carreiro
com honra sou carreteiro
e bem gaúcho é que sou
usando a guilhada grande
eu ainda sou Rio Grande
passado que não passou.

Sou a história da carreta
tradição que não morreu
sou o tempo que se escondeu
atrás da curva da estrada
onde o pneu do pregresso
por ser difícil acesso
nao descobriu sua entrada.

E carreteando eu vou longe
firmando o pé na macega
enchendo os olhos de légua
das léguas nada me encerra
eu subo e desço lançante
com minha casa ambulante
cheia de frutos da terra.

(refrão)
E a carreta corta o vento
parceira dos madrigais
rechinando uma milonga
pra os campos do nunca mais.

Se a noite chega e me agarra
cruzando de certo campo
em meio ao campo eu acampo
sem medo de assombração
ouvindo ao longe o aboio
das águas claras do arroio
minando minha solidão.

E quando eu canto uma milonga
no vai e vem da carreta
o tinido da palheta
repica igual ao sincerro
e eu me vou quebrando a ponta
do verso quando ela aponta
despontando atrás do cerro.

E quando a lua se empaca
no céu ouvindo a milonga
na claridade se alonga
o meu cantar milongueiro
e a minha carreta flutua
cheia de versos e luas
e sonhos de carreteiros.

(refrão)
E a carreta corta vento
parceira dos madrigais
rechinando uma milonga
pra os campos do nunca mais.

Curiosités sur la chanson Milonga do Carreteiro de Jari Terres

Quand la chanson “Milonga do Carreteiro” a-t-elle été lancée par Jari Terres?
La chanson Milonga do Carreteiro a été lancée en 2005, sur l’album “De Rédeas Na Mão”.

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