Norte (O Meu)

Volto as costas ao vazio
Procuro o vento frio
O caruncho pode desfrutar
Do meu velho sofá
Deixo as manchas de café
O candeeiro de pé
Vou em busca do meu Norte

Levo imagens que sonhei
Tesouros que roubei
A famosa gabardine azul
Tem mais alguns rasgões
Levo as horas que perdi
O espelho a quem menti
Sigo em direcção ao Norte

Quantos pontos cardeais
Ficarão no cais da solidão?
Quantos barcos irão naufragar
Quantos irão encalhar na pequenez da tripulação?

Deixo os dias sempre iguais
Os mundos virtuais
Deixo a civilização que herdei
Colher o que plantou
Abandono o carrossel
A Torre de Babel
Deitei fora o passaporte

Confio às constelações
As minhas convicções
Quebro o gelo que se atravessar
No rumo que eu escolhi
O astrolábio que há em mim
Vai respirar enfim
Hei-de alcançar o meu Norte

Curiosités sur la chanson Norte (O Meu) de Jorge Palma

Quand la chanson “Norte (O Meu)” a-t-elle été lancée par Jorge Palma?
La chanson Norte (O Meu) a été lancée en 2004, sur l’album “Norte”.

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