Ringindo os arreios
Na sombra d'um capão, apeio um pouco
Proseando, eu, o violão e meus cachorro
Na sombra d'um capão, apeio um pouco
Proseando, eu, o violão e meus cachorro
Seja, lidando em mangueira
Domando, curando bicheira num aparte de recolhida
Desterneirando as vacas no engorde d'umas novilhas
Amadrinhando tropilhas, barbeando a camba do freio
Ringindo os arreios nas baldas d'uma Gateada
Somos o que resta campo fora
Dando comida pras esporas
Somos o que resta campo fora
Dando comida pras esporas
Na sombra d'um capão, apeio um pouco
Proseando, eu e o violão e meus cachorro
Na sombra d'um capão, apeio um pouco
Proseando, eu, o violão e meus cachorro
Seja num pátio de rancho
Debaixo do poncho, num galpãozito sem lado
Num mato de légua e pico, ao tranquito, bem despacito
A vida é marcha troteada guapeando de alma lavada
Um baita quebra costela nos braços da prenda amada
Somos o que resta campo fora
Dando comida pras esporas
Somos o que resta campo fora
Dando comida pras esporas
E a eguada da culatra?
Ah! Mas eu tapo de terra
Deixo pelechando nas primaveras
Na sombra d'um capão, apeio um pouco
Proseando, eu e o violão e meus cachorro