Arte Viva

Nesse mundo excludente

Que mata dia a dia muita gente

E isso aqui não é uma hipérbole

Vejo amigos, familiares, desconhecidos aos milhares em situação de humilhação

A falta de acesso do mundo perverso

É a quebra do livre arbítrio da identidade de cada um

E a busca por um padrão da nossa sexualidade

Nos deixa a cada dia longe de um bem comum

Quem sabe um dia eu vou viver para me encontrar

Quero saber, reconhecer, identificar

Se for preciso ressignificar essa áurea que me cega e faz o meu tempo parar

O que eu vejo são desejos aprisionados

Essa ideia do tradicional passado

“Evolução não é opção” isso é descaso

E quem se importa com o futuro ameaçado?

Nosso relógio tá parado é 80 ou 64

Essa crise que ainda existe é formato ultrapassado

A arte do corpo humano é projeto muito avançando

Para um país intolerante do público ao privado

Que a arte viva e o artivista sempre esteja em campo

A arte mista nos coloca em um conceito amplo

Que o palco seja a praça, o largo ou roda cultural

E o respeito seja sempre o primordial

Quem sabe um dia eu vou viver para me encontrar

Quero saber, reconhecer, identificar

Se for preciso ressignificar essa áurea que me cega e faz o meu tempo parar

Quem sabe um dia eu vou viver para me encontrar

Quero saber, reconhecer, identificar

Se for preciso ressignificar essa áurea que me cega e faz o meu tempo parar

Os dias passam, os meses passam e até passam anos

Tristeza passa né meu parça? Só não passam os manos

Que se vestem de liberdade e nem causam danos

Enquanto o preconceito cresce e segue nos matando

Se a porta fecha, a janela a gente vai pular

Nos falta tudo, do estudo até respirar

Só não esquece que isso aqui vai virar colheita

E quem não plantou união já errou na receita

Quem sabe um dia eu vou viver para me encontrar

Quero saber, reconhecer, identificar

Se for preciso ressignificar essa áurea que me cega e faz o meu tempo parar

Quem sabe um dia eu vou viver para me encontrar

Quero saber, reconhecer, identificar

Se for preciso ressignificar essa áurea que me cega e faz o meu tempo parar