Próximo
A vida não dá boi, já disseram meus manos do Pentágono
Sua rima é espetáculo ou diálogo
Desde antes do Prólogo, tento ser meu próprio psicólogo
Sei que não somo nada se o que escrevo for monólogo
Fugir do monótono, rimador autônomo
Fora do quantize, coração como metrônomo
Experimento lírico, sem cunho político
(Porém) Meu senso crítico cumpre seu dever cívico
Perguntaram método mas não tenho nítido
Só respeito o ritmo pra me manter legítimo
Menino, máximo respeito é o mínimo
Se o rap é religião, separa o do dízimo
(Lógico) mas pra quem entra de olho nas cédulas
Saiba que nem todo grão de areia vira pérola
Requisito básico: expandir o círculo
E tirar seu pensamento do cubículo
Muito mais que rótulo, gênero, título (sou)
Glóbulo, cérebro, tímpano
(Vou) além do estereótipo. Ótimo!
No mínimo o máximo, próximo (próximo) (2x)
Se ainda faço por amor, talvez eu seja um dos últimos românticos
Meu cântico é por quem cruzou à força o Atlântico
Botando pânico em quem prefere me ver pacífico,
Típico de quem teme meu pessoal prolífico
Pra cobrar os séculos e séculos de dívida
Nossa cota é revidar, melanina vívida
Lágrima, sangue, suor e pólvora líquida
Manda esse verso pra análise balística
Basta de estatística, Sejamos símbolos
Não mártires, ícones vivos, não ídolos frívolos
(mais) Flores em vida, menos homenagens póstumas
Quantos já se foram na corrida pela fórmula
da imortalidade, da felicidade rápida (vários)
minha prática é a tática tácita
estéreo fonógrafo, emaranho tópicos
E o efeito pode ser psicotrópico
Louco além do rótulo, gênero, título (sou)
Glóbulo, cérebro, tímpano
(Vou) acima do estereótipo. Ótimo!
No mínimo o máximo, próximo (próximo) (2x)